quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mini Fic - Who Owns My Heart ?? Parte 3

- Mas por quê?
- Tenho que terminar algumas matérias e não poderei me afastar da cidade.
- Ora! Pode resolver tudo isso na casa de campo. Lá é muito moderno e poderá enviar suas matérias por e-mail para seu chefe, - Demi abriu a boca para tentar outra desculpa, mas Denise Jonas completou:- E não aceitarei recusas,Demi. Posso chamá-la assim, não é?
- Claro, Sra. Jonas. Mas não posso aceitar o convite...
- Vamos lá, Srta. Lovato. Será um prazer inenarrável hospedá-la em nossa casa de campo.
Demi olhou para Joseph encarando-o por alguns segundos se lembrando do velho namorado. Com certeza esse homem frio e sarcástico nascera depois de suas palavras à beira do rio da casa de campo. Aquele não era o mesmoJoseph que amara. Era melhor não aceitar aquele convite. Não conseguiria encarar Joseph e a sua noiva por uma semana, imaginando que, aquela mulher ao lado dele poderia ser ela, mas não era. Abriu a boca para recusar, mas lembrou-se mais uma vez de que, naquela noite, devia ser profissional. Então respondeu-lhes com um sorriso:
- Tudo bem então. Mas só poderei ir em três dias. Tenho que acertar algumas coisas por aqui, primeiro. Mas garanto que na segunda feira, logo pela manhã estarei na casa de campo, Sra. Jonas.
- Que maravilhoso! Mas me chame de Denise Jonas, querida. Afinal, seremos muito próximas depois dessa semana. – o tom de voz usado por Denise Jonas foi estranho, até mesmo para Joseph, mas tanto ele quanto Demi decidiram não comentar nada. Demi pediu licença e se afastou na direção de Sophie acertando mais alguns detalhes com a futura esposa de Joseph. Desligou o gravador e se afastou amaldiçoando tudo e todos mentalmente por estar naquele lugar. Caminhou até uma saída lateral, chegando lá, tirou um cigarro de dentro da bolsa e o acendeu com prazer.
Deu uma longa tragada sentindo um pouco do estresse abandoná-la. Fumar era um hábito terrível, mas não conseguia deixá-lo. Era sua válvula de escape, cada vez que se irritava acendia um cigarro e se sentia bem melhor. Cigarros melhoravam e muito sua tendência homicida, que, naquele momento estava altíssima graças a uma loura grávida. Apoiou-se na parede e começou a tragar vagarosamente. Sentiu que estava realmente se acalmando.
- Hábito saudável, hein? – alguém comentou.
- Sarcasmo é a pior forma de humor. A mais baixa delas. - comentou em resposta, já sabia que era Joseph, sentia-o se aproximar e não era nem pelo perfume. Era mais pelo fato de que, em dez anos, a ligação entre eles não diminuíra nada. Tragou mais uma vez, odiando a si mesma tanto por não largar o vício quanto por não esquecerJoseph. - O que quer?
- Quero que vá embora. Quero que se afaste de mim. Eu já sofri o suficiente, não sofrerei novamente.
- Eu não irei embora. Finja que não estou aqui, me trate apenas como uma jornalista que está fazendo a cobertura do seu casamento com a doce e gentil Sophie Bearwood.
- Sarcasmo é a forma mais baixa de humor, não é mesmo? - ele rebateu - Você pensa que é tão simples assim? É só eu ver os seus olhos e me lembro de cada uma de suas palavras. - ele abaixou a cabeça e fixou o olhar no chão - Eu deveria te odiar, Demi.
- Então odeie. - ela disse mesmo sabendo que aquelas palavras a machucavam profundamente. Sempre se odiara por dizer tudo aquilo a Joseph, mas fizera o certo quando as dissera. - Será mais fácil para nós assim.
- Demi. Eu não pude te odiar em dez anos. Como conseguirei em uma semana? - ela deu um passo na direção dele que a encarou, mas ela não fez mais nenhum movimento. Apenas lhe deu as costas e entrou novamente no salão. Jogando o cigarro no chão e o apagando, Demi desejou nunca ter conhecido Joseph Jonas.
Quatro horas mais tarde, ela abria a porta de seu apartamento. Fora uma longa noite e por muitas vezes pensara que não conseguiria terminá-la. Fora angustiante ver Joseph abraçar e beijar Sophie, enquanto a jornalista sorria tolamente fingindo que estava tudo bem. E só de pensar nisso novamente a angústia a machucava. Abriu a bolsa a procura de um cigarro e se lembrou que havia fumado o maço inteiro naquela noite. Joseph tinha razão, aquele era um hábito terrível.
Pensou em buscar outro maço de cigarros, mas estava muito cansada para até mesmo pensar em se levantar do sofá onde se jogara quando chegou em casa. Duas horas depois, Demi ouviu seu celular tocar e despertou de uma vez. Atendeu e a voz de George a fez sorrir, a despeito de toda a sua trágica situação.
- Olá minha jornalista favorita! E a matéria do noivado de Joseph Jonas? - olhou no relógio e viu que já eram oito horas.
- Acordei agora, George. Me dê mais uma hora e meia e eu entrego a matéria por e-mail. Tudo bem?
- Claro! Na verdade, nem estou com tanta pressa assim. Queria saber se está tudo bem com você?
- Está tudo... Maravilhoso! Não poderia estar mais perfeito. - disse sem esconder uma pontada de ironia.
- Demi, será que se esqueceu que fui eu quem lhe ensinei a ser irônica e sei muito bem como usar esse tom? Não quer me contar o que está acontecendo?
- Talvez uma outra hora. Tenho que terminar sua matéria agora. - ela fechou os olhos e se despediu de George desligando o celular e se levantando logo em seguida. Pegou uma xícara de café da cafeteira elétrica, que estava programada, e se sentou em frente ao computador ligando o gravador e escutando sua voz dizendo comentários irônicos a respeito da festa de Joseph. Esforçou-se para esquecer por alguns instantes dele e de seu sorriso perfeito e se concentrar na matéria em sua frente.
Após digitar a última frase e enviar a matéria. Ela se levantou e foi em direção ao banheiro. Por que justamente agora que quase nem se lembrava mais de Joseph, ele tinha que voltar? E junto com ele, as lembranças que se empenhara em esquecer e que agora, a atingiam novamente com a velocidade e a força de um raio.

..continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário